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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Dengue sem asas


Agência FAPESP – Para combater a transmissão de dengue, que tal cortar o mal pela raiz? Ou melhor, que tal cortar as asas dos mosquitos – ou, pelo menos sua capacidade de voar? Essa é a sugestão de um grupo internacional de pesquisadores, que obteve uma nova linhagem de mosquitos na qual as fêmeas não podem voar.
O estudo, feito por um grupo do Reino Unido e dos Estados Unidos, será publicado esta semana no site e, em breve, na edição impressa da revista Proceedings of the National Academy of Sciences.
Fêmeas do principal vetor da dengue, o Aedes aegypti, quando não conseguem voar, morrem rapidamente, reduzindo o número de mosquitos e, por consequência, a transmissão da doença, segundo os autores do estudo. Machos podem voar, mas não picam ou transmitem a doença.
Um dos principais problemas de saúde pública no mundo, a dengue provoca anualmente de 50 milhões a 100 milhões de casos. Não há vacina para a doença, que coloca quase 40% da população global em risco.
Os cientistas alteraram geneticamente mosquitos machos que, ao cruzar com fêmeas selvagens, transmitiram seus genes aos descendentes. As fêmeas da geração seguinte não foram capazes de voar por que a alteração genética afetou o desenvolvimento dos músculos das asas.
Os autores da pesquisa estimam que a nova linhagem pode suplantar a população nativa em até nove meses, em alternativa eficiente e que não envolve o uso de pesticidas.
“Os métodos atuais de controle da dengue não são suficientemente eficientes e, por conta disso, novas alternativas se fazem urgentemente necessárias. Controlar o mosquito que transmite o vírus poderia reduzir significativamente a morbidade e mortalidade humanas”, disse Anthony James, professor da Universidade da Califórnia em Irvine e um dos autores do estudo.
Segundo James, uma das principais autoridades mundiais em doenças infecciosas transmitidas por insetos, há ainda estudos a serem feitos para confirmar a viabilidade do novo método, mas o potencial é de aplicação não apenas para a dengue, como também para outras doenças, como malária e febre do oeste do Nilo.
O artigo A female-specific flightless phenotype for mosquito control, de de Luke Alphey e outros, poderá ser lido em breve por assinantes da Pnas em www.pnas.org/cgi/doi/10.1073/pnas.1000251107

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Ter ou não ter namorado, eis a questão

Artur da Távola


Quem não tem namorado é alguém que tirou férias não remunerada de si mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namorado de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia. Paquera, gabiru, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão, é fácil. Mas namorado, mesmo, é muito difícil.
Namorado não precisa ser o mais bonito, mas ser aquele a quem se quer proteger e quando se chega do lado dele a gente treme, sua frio e quase desmaia pedindo proteção. A proteção não precisa ser parruda, decidida ou bandoleira: basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição.

Quem não tem namorado é quem não tem amor, é quem não sabe o gosto de namorar. Há quem não sabe o gosto de namorar... Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um envolvimento e dois amantes, mesmo assim pode não ter nenhum namorado. Não tem namorado quem não sabe o gosto da chuva, cinema sessão das duas, medo do pai, sanduíche de padaria ou drible no trabalho. Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar sorvete ou lagartixa, é quem ama sem alegria. Não tem namorado quem faz pacto de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a felicidade ainda que rápida, escondida, fugida ou impossível de durar. Não tem namorado quem não sabe o valor de mãos dadas, de carinho escondido na hora em que passa o filme, de flor catada no muro e entregue de repente, de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico Buarque lida bem devagar, de gargalhada quando fala junto ou descobre a meia rasgada, de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo alado, tapete mágico ou foguete interplanetário.

Não tem namorado quem não gosta de dormir agarrado, de fazer cesta abraçado, fazer compra junto. Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor, nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele, abobalhados de alegria pela lucidez do amor. Não tem namorado quem não redescobre a criança própria e a do amado e sai pelos parques, fliperamas, beira d’água, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musical da metro. Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos, quem gosta sem curtir, quem curte sem aprofundar. Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada, ou meio-dia do dia de sol em plena praia cheia de rivais. Não tem namorado quem ama sem se dedicar, quem namora sem brincar, quem vive cheio de obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele. Não tem namorado quem confunde solidão com ficar sozinho e em paz. Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo. Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando duzentos quilos de grilos e medos, ponha a saia mais leve, aquela de chita e passeie de mãos dadas com o ar.

Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim. Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela. Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteria.

Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida, para de repente parecer que faz sentido. ENLOU-CRESÇA.

Tomara

por Santiago Liz



Tomara que amanhã chova e que minhas plantações cresçam.
Tomara que elas cresçam fortes e no mercado as venda.
Tomara que bem as venda para comprar um trator
Tomara que o trator seja verde como a cor de meu campo
Tomara que meu campo verde espere amanha a chuva.

Santiago é meu  aluno do curso inicial, segundo quatrimestre efez essa poesia para usar o presente do subjuntivo
Parabéns Santi!

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

A ORIGEM DA PALAVRA TRABALHO



Duvido que a maioria da população brasileira conheça a etimologia da palavra trabalho, mas tenho certeza de que todos achariam muito natural se soubessem que ela está ligada, em sua origem, a uma forma antiga de tortura. O termo vem de tripalium (ou trepalium), do Latim Tardio, um instrumento romano de tortura, uma espécie de tripé formado por três estacas cravadas no chão, onde eram supliciados os escravos. Reúne o elemento tri (”três”) e palus (”pau”) — literalmente, “três paus”. Daí derivou-se o verbotripaliare (ou trepaliare), que significava, inicialmente, torturar alguém no tripalium, o que fazia do “trabalhador” um carrasco, e não a vítima de hoje em dia.
Em 582, o Concílio de Auxerres ainda proibia o sacerdote cristão de permanecer junto “ao trepalium, onde os prisioneiros são torturados”. Pouco a pouco, porém, esse instrumento de tortura foi desaparecendo, cedendo lugar aos terríveis dispositivos inventados pela Inquisição, com sua imaginação de pesadelo. Vão-se os objetos, ficam as palavras: por volta do séc. XII, o termo já tinha ingressado nas línguas românicas —traball, traballo trabalho (Port.), travail (Fr.), trebajo, trabajo (Esp.), travaglio (It.). Embora na França rural, até hoje, travail ainda sirva para designar uma variante do tripalium — uma estrutura de madeira destinada a imobilizar o cavalo para trocar ferraduras ou efetuar pequenas intervenções cirúrgicas—, em todas essas línguas o termo entrou como substantivo abstrato, significando “tormento, agonia, sofrimento”. 
A partir do Renascimento, o vocábulo adquiriu também o sentido atual de “labuta, atividade, exercício profissional”. No entanto, apesar do esforço enaltecedor de comemorações internacionais como o Dia do Trabalho, ou de frases surradas como “o trabalho dignifica o homem“, o termo jamais perdeu sua primitiva ligação com a dor e o sofrimento, reforçada até pela ideologia do Antigo Testamento: o pai Adão, ao ser expulso do Paraíso, é condenado a trabalhar: “No suor do teu rosto, comerás o teu pão”, diz a versão setecentista de João Ferreira de Almeida. Por sua vez, a pena que Eva recebe — “Com dor terás filhos” — está ligada à pena de seu companheiro, pois falamos até hoje no trabalho de parto. Essa, aliás, é a única acepção do travaglio do Italiano; esta língua usa a palavra lavoro para os demais sentidos, derivada delabor, o termo latino para trabalho, de onde também vieram dezenas de palavras nossas, como laboral, laboratório, colaborar, lavra, etc. Não faltam, no Português moderno, outras situações que conservam as associações primitivas do termo. Trabalhoso, em qualquer dicionário, significa “custoso, difícil, cansativo”. Quem está em dificuldades, está passando trabalho. Aquilo que não é fácil de fazer dá muito trabalho, ou muita trabalheira, às vezes até um trabalhão
Essa visão pejorativa aparece em vários autores anarquistas, para os quais a eventual chegada dos trabalhadores ao poder não elimina a resistência natural do homem ao ato odioso de trabalhar. Alguns iconoclastas querem ver no próprio Marx essa condenação, quando ele afirma, no seu A Ideologia Alemã, que os proletários “devem abolir o trabalho” — passagem que sempre foi acompanhada, nas edições “oficiais” do Partido Comunista, por nota explicando que, mais tarde, em escritos posteriores, Marx teria dito que se referia, na verdade, ao trabalho assalariado
Mesmo quando invadiu uma língua anglo-saxônica como o Inglês, a palavra conservou essa cor sombria:travail, termo que os britânicos importaram da França, designa também “tormento, agonia”, e pode ser usado com relação ao trabalho de parto. Poucos sabem, no entanto, que dele se criou uma variante bem conhecida por todos os que falam o idioma de Shakespeare: travel, que era usada para designar um esforço penoso e cansativo e que só no séc. XIV veio a adquirir o sentido atual de “viagem”. A cena se repete, e recomeço meu artigo: “Duvido que a maioria da população britânica conheça a etimologia da palavra travel, mas tenho certeza de que todos achariam muito natural se soubessem que ela está ligada, em sua origem, a uma forma antiga de tortura

Dicionário de Corporativês


Segue abaixo o Dicionário do dialeto Corporativês, afinal, são tantas nomenclaturas que vale a pena saber pq às vezes todos se esquecem oui nem conhecem.Desejo a todos meus aluos corporativos uma boa leitura e para aqueles que não o são uma coisa interessante para aprender.

* Absenteísmo: Falta constante ao trabalho, por parte do empregado, ou sua ausência devido a problemas de saúde
* Approach: Abordagem
* Avaliação 180 graus: É um modelo intermediário ao 360 graus. Com ele, não há avaliação dos subordinados, mas apenas dos pares, clientes e chefe
* Avaliação 360 graus: Sistema usado para medir o desempenho, em que o funcionário não é submetido somente à avaliação do chefe imediato, mas à dos colegas de trabalho, subordinados e até de clientes da empresa
* B2B: Sigla fonética de “business to business”. É o comércio eletrônico entre empresas. Trata-se de um mercado sem a participação do consumidor
* B2C: Business to customer, a empresa que vende diretamente para o consumidor via internet
* Benchmark: Parâmetros de excelência, exemplos de coisas boas
* Board: Conselho diretor
* Bônus: Premiação em dinheiro concedida aos funcionários
* Brainstorm: literalmente, significa “tempestade cerebral”. É uma reunião para se fazer exatamente isso: trocar idéias
* Branding: É a construção da marca de uma empresa, produto ou pessoa
* Break even point: O momento a partir do qual custos e receitas de um negócio se equilibram
* Breakthrough: Trata-se de um avanço em determinada área
* Briefing: Todas as informações necessárias para realização de uma determinada ação
* Broad band: Banda larga
* Budget: Orçamento
* Business Plan: Plano de negócios
* Business Unit: Unidade de Negócios
* BUMO: Sigla de Brand Used Most Often – refere à marca ou produto mais utilizado, ou mais frequente
* Buying in: Compra (de uma empresa, por exemplo)
* C2C: Customer to customer – venda de cliente para cliente. Ex: site Mercado Livre
* Case: Estudo de caso, normalmente abordado em empresas
* Cash: Dinheiro vivo
* CEO – chief executive officer: É o cargo mais alto da empresa. É chamado também de presidente, principal executivo, diretor geral, entre outros. Quando existe um presidente e um CEO, o primeiro é mais forte
* CFO – chief financial officer: Um nome mais sofisticado para diretor de finanças
* Chairman: Presidente do conselho que dirige a empresa
* CHRO – chief human resources officer: É o cargo de diretor de recursos humanos
* CIO – chief information officer: Responsável pelo planejamento e estratégia por trás da tecnologia. Pode ser também chief imagination officer, termo criado pela fabricante americana de computadores Gateway. É responsável por promover a criatividade entre o pessoal
* CKO – chief knowledge officer: É o gestor do capital intelectual da companhia. As atribuições vão desde a definição da arquitetura das informações e de seu fluxo até onde arquivá-las e como recuperá-las
* Clima organizacional: É o ambiente interno de uma empresa. Para avaliá-lo são considerados, entre vários itens, a liderança na companhia, a motivação para o trabalho, as possibilidades de crescimento profissional, enfim, as satisfações e insatisfações dos funcionários
* CLO – chief learning officer: Responsável por administrar o capital intelectual. Ele precisa reunir e gerenciar todo o conhecimento da organização
* CMM: Capacity maturity model, recurso para desenvolvimento de software
* CMO – chief marketing officer: A função é um pouco mais complexa que a diretoria de marketing. Em algumas empresas, o CMO acumula ainda a diretoria comercial e, em outras, a área de novos negócios
* Coaching: Sessões de aconselhamento feitas por um consultor de carreira que acompanha e se envolve no desenvolvimento contínuo do profissional. Serve para promover mudanças de comportamento no funcionário, para que ele atinja novos objetivos
* Commodity: Produto primário, geralmente com grande participação no comércio internacional
* Compliance: Agir de acordo com uma regra, um pedido ou um comando. Através das atividades de compliance, qualquer possível desvio em relação a política de investimento dos produtos é identificado e evitado. Assim, os investidores têm a segurança de que suas aplicações serão geridas segundo as diretrizes estabelecidas
* Consumer relationship Management: Gerenciamento das relações com o cliente
* Consumer understanding: Conhecimento profundo a respeito dos clientes
* COO – chief operating officer: Executivo chefe de operações. Geralmente o braço direito dos CEOs
* Core business: Negócio principal da empresa
* Corporate purpose: Objetivo da empresa
* Counseling: Aconselhamento de carreira. É uma espécie de terapia profissional, que discute, entre outras coisas, os objetivos pessoais e futuros, estilo gerencial do executivo, nível cultural, valores e conhecimento do mercado. O objetivo é avaliar tudo isso para ajudar o profissional a tomar as melhores decisões para sua carreira
* Country-manager: Diretor-geral para o país
* CRO – chief risk officer: Além de gerenciar o risco nas operações financeiras, o CRO também é responsável por analisar as estratégias do negócio, a concorrência e a legislação
* CSO – chief security officer: Profissional que tem a missão de identificar fontes internas e externas de recursos para desenvolver projetos de tecnologia
* CTO – chief technology officer: Existe uma confusão muito grande. Geralmente o CTO comanda a infra-estrutura da área de tecnologia. Enquanto o CIO o seu uso estratégico
* Data-base marketing: Marketing baseado em banco de dados de nomes e pessoas, para quem você dirige mensagens de interesse de sua empresa
* Deadline: Data limite. Data, dia ou hora, em que alguma coisa precisa ser dada como terminada ou liquidada
* Downsizing: Redução no número de funcionários da empresa
* Dumping: Dumping é uma prática comercial, geralmente desleal, que consiste em uma ou mais empresas de um país venderem seus produtos por preços extraordinariamente baixos (muitas vezes com preços de venda inferiores ao preço de produção) por um tempo, visando prejudicar e eliminar a concorrência local, passando então a dominar o mercado e impondo preços altos. É um termo usado em comércio internacional e é reprimido pelos governos nacionais, quando comprovado
* EBITDA: Earnings before interest, taxes, depreciation and amortization – ganhos antes dos pagamentos de juros, impostos, depreciação e amortização. O termo é seguido por um número que representa os ganhos da empresa em um determinado período permitindo portanto análise da performance financeira de tal empresa
* Educação continuada: Cursos de aperfeiçoamento referentes à atividade do funcionário. Pode incluir a pós-graduação
* E-learning: Aprendizagem realizada através da Internet. Ensino ou formação a distância.
* Empowerment: Este termo surgiu nos anos 80 e se refere às situações em que os chefes devem decidir um pouco menos e os subordinados um pouco mais
* Endomarketing: É uma área diretamente ligada à de comunicação interna, que alia técnicas de marketing a conceitos de recursos humanos
* Entrepreneur: Empresário
* Expertise: Conhecimento técnico
* ERPs: Sistemas de gestão empresariais
* Factoring: Prática de algumas empresas que consiste em comprar cheques pré-datados de lojistas cobrando comissão
* Feedback: É uma conversa particular entre o líder e o liderado, com caráter de avaliação, sobre os acertos e erros do liderado. O tema do bate-papo é o comportamento do subordinado.
* Fine tuning: Sintonia fina, calibragem
* Follow-up: Dar prosseguimento a uma discussão ou debate, retomando temas para atingir soluções. Também pode significar revisão das tarefas que foram geradas após uma reunião ou auditoria, quando os prazos para realização se esgotaram
* Forecast: Previsão
* Full time Designa que determinada tarefa será realizada por tempo integral
* FYI: For your information – o mesmo que PSC
* Gap: Intervalo
* Hands-on: Com participação ativa
* Headcount: Número de pessoas que trabalham em determinada equipe ou empresa
* Headhunter: Caça-talentos do mundo corporativo
* In-loco: No lugar em que determinada coisa acontece
* Inclusão digital: É dar condições para que um número cada vez maior de pessoas possa ter acesso a novas tecnologias, entre elas a internet
* Inclusão social: É a forma de trazer para a sociedade pessoas que foram excluídas dela e estavam privadas de seus direitos, como os portadores de deficiências físicas
* Income: Renda
* Income Tax: Imposto de renda
* Insight: Percepção, estalo. Momento em que novas idéias surgem
* Intranet: Rede de comunicação interna e exclusiva das empresas
* Intrapreneur (não confundir com entrepreneur): Empreendedor interno, pessoa que dirige uma unidade do negócio como se ela fosse uma empresa independente
* Job rotation: Rodízio de funções promovido pela empresa, para que o funcionário possa adquirir novos conhecimentos em setores diferentes e acumular experiências, sem sair da companhia em que trabalha
* Join Venture: Associação de empresas para explorar determinado negócio. De caráter não definitivo, nenhuma das empresas participantes perde sua personalidade jurídica
* Kick-off: Dar o primeiro passo, começar
* Know-how: Conhecimento
* L.L.M: Master of Laws, mestrado em direito
* Market share: Fatia de mercado
* Markup: É um sobre-preço que se acrescentado ao preço final do produto (digamos, após custo de produção, distribuição e margem de lucro prevista)
* MBA in company: MBA oferecido pela empresa dentro de seu próprio espaço físico
* MBA: Sigla em inglês para Master in Business Administration. É um curso que equivale à pós-graduação em administração de empresas
* Mentoring: Profissional mais velho, com experiência e habilidade de relacionamento, que acompanha e passa para o mais novo suas idéias sobre o trabalho e a carreira
* Merchandising: Prática de marketing na qual a marca ou a imagem de um produto ou serviço é utilizada para vender outro, destacando-o da concorrência, isto acontecendo no ponto de venda (PDV). Merchandising é a ação de promover que usa a comunicação de marketing no ponto de venda e em espaços editoriais na televisão, mídia[media] impressa e outros, para reforçar mensagens publicitárias feitas anteriormente, ou mesmo em substituição à publicidade, em alguns casos.
* Meritocracia: Sistema de recompensa e/ou promoção fundamentado no mérito pessoal
* Nepotismo: Favorecimento de parentes próximos feito por quem tem autoridade e poder
* Networking: Construir uma boa rede de relacionamentos, geralmente em sua área de atuação
* Newsletter: Boletim de notícias
* Outplacement: Serviço oferecido e pago pela empresa, que consiste no aconselhamento, apoio, orientação e estímulo ao profissional demitido, preparando-o técnica e psicologicamente para se recolocar no mercado de trabalho, bem como para o planejamento de sua carreira
* Outsourcing: Terceirização
* Overhead: Despesas operacionais
* Paradigma: Um exemplo que serve como modelo; padrão
* Performance: Palavra inglesa que significa atuação e desempenho
* Player: Empresa que está desempenhando algum papel em algum mercado ou negociação
* Presenteísmo: Diferente do absenteísmo, quem sofre deste mal não falta ao trabalho, mas ao final de todos os dias sofre com dores de cabeça, cansaço, dores nas costas, irritação, sinusite e alergias – com isso, a produtividade e a motivação é que deixam de aparecer
* Pro forma: Apenas por formalidade
* PSC: Para sua ciência – o mesmo que FYI
* Reengenharia: Mudança nos processo internos de uma empresa
* Resiliência: Capacidade de se recobrar facilmente ou se adaptar à má sorte ou às mudanças
* Responsabilidade social: Atuação e consciência do papel das empresas como agentes sociais no desenvolvimento do ser humano e da comunidade à qual está inserido
* RH: Sigla de recursos humanos (departamento responsável pelas contratações, treinamentos, remuneração, encaminhamento de carreira e conflitos na empresa)
* ROI – Return of Investiment: Tempo necessário para o retorno do investimento
* Sales manager: Gerente de vendas
* Share: Fatia do mercado – muito usado quando a empresa quer determinar quanto em porcentagem do mercado ela obtem de terminado produto ou seguimento.
* Sinergia: Ação positiva e simultânea de um grupo de pessoas na realização de uma atividade
* Skill: Habilidade
* Spread: Taxa de risco
* Stakeholders: Partes / grupos que estão diretamente interessadas na atividade da empresa: acionistas, governo, clientes, funcionários, fornecedores e sociedade
* Start up: Início da operação
* Stand-by: No aguardo, em modo de espera.
* Status-quo: Situação atual do ambiente interno da empresa, principalmente no que diz respeito aos processos internos.
* Supply chain management: Gerenciamento de cadeia de abastecimento
* Target: Alvo
* TI: Sigla de tecnologia da informação
* Top of Mind: Refere-se a marca ou produto mais lembrado espontaneamente
* Toró de palpites: Tradução bem brasileira do termo inglês brainstorm, que significa uma reunião de pessoas que se juntam para encontrar soluções para problemas da empresa ou expor idéias criativas para novos projetos
* Trend: Tendência
* Turnover: Rotatividade de funcionários dentro de uma empresa, medida pela média de pessoal que se mantém fixa na companhia
* Workaholic: Pessoa viciada em trabalho
* Workshop: Treinamento em grupo de acordo com a técnica dominada pelo instrutor, que visa ao aprendizado de novas práticas para o trabalho

Casual Day: acerte no seu comportamento!

ARTIGO DA SEÇÃO "Etiqueta Empresarial"
JORNAL CARREIRA & SUCESSO - 08 de janeiro de 2010 - 387ª. EDIÇÃO



Maiara Tortorette 


Depois de uma semana cheia de compromissos e formalidades, algumas empresas optam por liberar o visual de seus colaboradores em um dia da semana (normalmente às sextas-feiras). Conhecida como “Casual Day”, essa prática surgiu no final da década de 70, nos Estados Unidos, com o objetivo de diminuir o nível de estresse, incentivar a descontração no ambiente de trabalho e otimizar a performance dos trabalhadores, dando a eles o direito de usarem, uma vez por semana, roupas mais confortáveis.
 

A intenção das empresas é boa, no entanto é necessário que haja uma conscientização de todos para que o ambiente de trabalho não fique desconfortável. É preciso que a organização, principalmente por meio da área de Recursos Humanos, faça uma campanha de conscientização junto aos profissionais. E que os colaboradores saibam se vestir com coerência, sem esquecer que mesmo nos dias menos formais a postura profissional deve ser mantida.
 

De acordo com
 Elisabeth Farina, professora do curso de etiqueta daCatho Online, o casual day deixa o ambiente mais leve, tornando o final da semana menos estressante. “A importância do casual day é a liberdade que os funcionários têm de escolher uma roupa mais confortável e leve para trabalhar naquele dia. É o momento de deixar de lado trajes mais formais, como terno, paletó, gravata, tailleur, sapatos clássicos e de salto”, diz. “Acredito que essa prática torna o ambiente de trabalho mais descontraído e fortalece a integração das pessoas. Não importa a função ou cargo que exerça, para surtir o efeito desejado o Casual Day deve ser adotada por todos na empresa”. 

Para
 Ilana Berenholc, consultora de imagem, as vantagens vão além da descontração no ambiente de trabalho, e são bastante favoráveis, principalmente no Brasil. “Esse tipo de ação, torna a imagem de alguns profissionais mais coerentes com áreas de atuação informais ou criativas. Além disso, um visual mais informal projeta maior acessibilidade, e, consequentemente, estimula os relacionamentos”, complementa Ilana. “No Brasil, o casual Day é ainda mais adequado, devido ao clima; principalmente no verão e em locais muito quentes”. 

É importante destacar que a prática pode não ser adequada em algumas empresas, principalmente quando existe um contato direto com o público ou uma cobrança maior de formalidade. “Em áreas de atuação mais formais, em que seja importante projetar uma imagem de maior austeridade, como bancos e escritórios de advocacia, por exemplo, o traje casual não é adequado”, explica Ilana.
 

Segundo
 Luciana Amaro, gerente de RH da BASF, empresa química líder mundial, diversos fatores devem ser considerados antes das empresas adotarem essa prática. “Atualmente, essa é uma prática extremamente disseminada e que tem cada vez mais adeptos no mercado. Contudo, deve ser observada a cultura da empresa, o tipo de clientes que atende, entre outros, para definir se o casual day é adequado ou não para essa realidade”, afirma. 

Grande parte das empresas já adota o Casual Day, no entanto um dia agradável pode se tornar um grande problema para a organização que não souber orientar seus funcionários, ou que não definir alguns limites para os mais liberais. O visual do profissional influencia na imagem da empresa no mercado, e essa marca deve ser zelada. “Dar o parâmetro do que pode e do que não pode ser usado no Casual Day é fundamental para evitar abusos que possam gerar tensão ao invés de descontração”, orienta Elisabeth.
 

Os colaboradores, por sua vez, também devem tomar algumas precauções quanto aos trajes utilizados. O profissional que não tiver bom senso na escolha da vestimenta pode sofrer grandes prejuízos em sua carreira. “Deve ser entendido que roupa confortável ou descontraída não é a mesma coisa que desleixada. Casual Day não quer dizer usar roupa para ir à balada, churrasco, à praia ou ficar em casa. São roupas mais informais, porém continuam sendo roupa de trabalho”, diz Elisabeth. “Uma das maneiras do funcionário transmitir profissionalismo, competência e elegância é a maneira como ele se veste. É fundamental que ele tenha bom senso e harmonia na apresentação pessoal para não comprometer sua própria imagem e a da empresa”, ensina Elisabeth.
 

Luciana acredita que os mais novos também devem aderir à prática da empresa, no entanto é melhor se informar para não cometer nenhuma gafe. “Sempre deve ser utilizado o bom senso. Se você entrou em uma nova empresa, siga o exemplo, veja de que forma a maioria das pessoas se veste no casual day e isso lhe dará uma boa dica do que é mais adequado ou comum naquela determinada cultura”.
 

Ilana dá algumas dicas do que deve ser utilizado no casual day para evitar constrangimentos, ou problemas tanto para empresa como para o profissional:
 

TRAJES MULHERES
 

Blusas informais e arrumadas, usadas com jeans escuro ou calças de sarja.
 
Vestidos, porém não frente-única, tomara-que-caia ou mini.
 
Blazers de sarja, casaquinhos, jaquetas ou tricôs.
 
Sapatilhas, sandálias, botas, peep-toes de couro ou camurça.
 
Acessórios maiores.
 

TRAJES HOMENS
 

Camisas esportivas, de manga longa ou curta (em corte “slim”). A presença do colarinho sempre projeta mais profissionalismo.
 
Calças de veludo, sarja grossa ou jeans.
 
Blazers de veludo ou sarja. Jaquetas de lã ou tecido. Malhas com ou sem textura.
 
Mocassins, sapatos de amarrar e botas de couro, camurça e nobuck, solados de borracha.
 
Relógios esportivos.
 

Apareceu um compromisso: E agora?
 

O bom profissional é um profissional prevenido. Portanto, mesmo em dias de descontração é importante que tenha sempre uma roupa ou um acessório que deixe o visual mais sério, se necessário. Reuniões, eventos ou a visita de um cliente; todas essas situações podem ocorrer em dias de casual day e você deve estar preparado.
 

Para Elisabeth, uma apresentação pessoal adequada passa uma imagem de confiança, dá credibilidade a empresa e ao profissional. “É importante estar preparado para eventuais compromissos de última hora. Se surgir uma reunião ou uma visita inesperada tenha sempre no escritório uma peça mais formal como um blazer ou uma gravata que ajude a compor um traje executivo masculino ou uma echarpe, bijuteria mais fina que ajude a complementar o visual executivo feminino”, sugere. “Quando não estiver com uma roupa adequada ao compromisso e tiver de visitar uma empresa, por exemplo, outra alternativa é explicar a situação, garantindo que você conhece a importância da apresentação pessoal e respeita os valores daquela empresa.
 

O fundamental é que haja uma boa comunicação entre empresa e funcionário para que não ocorra nenhum desconforto para ambos. “As empresas devem definir e, sobretudo, orientar os funcionários por meio de comunicação interna: email, treinamento, intranet, impressos ou murais e os colaboradores, por sua vez, devem ter moderação e evitar exageros. Há um limite do que é considerado casual e do que é inapropriado para o ambiente de trabalho”, explica Elizabeth.