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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

História da comida com sal!!!!!!!!!!



Meus queridos alunos.
Já que vocês continuam preguiçosos para pesquisar em português , dou uma de MÃEZONA e procuro coisas interessantes.
Encontrei esse blog que me parece ótimo (ainda não vi todas as postagens) onde tem histórias muito interessantes sobre a culinária brasileira.  Por isso passo para vocês algumas postagens.
Ah,  ia me esquecendo, a autora do blog é Renata L.Ferreira


fonte: Cozinhando Em Português, quinta, 19 de agosto de 2010 às 21:00.

Quando nos referimos a algo que não tem graça, que seja desinteressante, costumamos dizer que é "sem sal!". Fazemos isso porque entendemos que o sal é responsável por destacar o sabor dos alimentos. É verdade, devido a uma série de reações químicas o sal produz um efeito que facilita o reconhecimento de determinados sabores por nossas papilas gustativas. (Tá muito técnico isso...) Mas não é só isso, nosso corpo necessita do sal para que possa emitir corretamente os impulsos elétricos que movem nosso corpo. (Continua técnico!!!) Porém, quem descobriu isso? Infelizmento a descoberta não foi registrada em nenhuma associação científica conhecida. Nos resta especular.(Ufa! Finalmente algo mais lúdico...)

O bicho homem é curioso por natureza, tudo quer saber, tudo quer tocar! Quem nunca escutou de sua mãe: "olhar é com os olhos!" Só que é tão melhor tocar...!!! Bom, é possível que daí, dessa curiosidade inesgotável que temos, que as alquimias gastronômicas foram sendo descobertas. Assar farinha com água e fazer o primeiro pão, talhar o leite e criar o primeiro queijo, fermentar um tubérculo e embebedar-se pela primeira vez. Assim deve ter passado com o uso do sal. Como, porque, onde, quem???? Perguntas sem tempero, que só fazem salgar nossa curiosidade! Então, imaginemos assim: após o desenvolvimento da agricultura e da criação de animais, o homem primitivo (aquele lá do Neolítico...), que já dominava o fogo, passa a ter mais tempo para observar o seu meio, com mais curiosidade que medo. Passa a perceber que os animais recorrem constantemente a determinadas fontes de água, nem sempre as mais limpas. Um dia, cheio de desejo pelo conhecimento, dirige-se à dita fonte de água, prova-a e tem uma reação espantosa! Que é isso? Pensa ele em seu pensar gutural. Mas como não nos contentamos com uma "provinha" volta a beber daquele líquido raro. Não entendia ele, mas bebia água salgada, vinda do mar ou de alguma salina futuramente explorada por assírios, romanos ou portugueses. Os animais tabém necessitam de sal, mas o buscam naturalmente, em águas salgadas ou em plantas ricas em sódio.

Foi o que bastou, começamos cozinhando tudo em água salgada, mas com o tempo descobrimos maneiras de secar a água e fazer proveito do pó que formava, assim como das pedras de sal aglomeradas em regiões distintas no mundo.

O sal foi fundamental para conservar os alimentos, como o charque e o bacalhau. Também serviu como moeda e até foi o responsável pela origem do SALário (salarium). Movimentou mercados, criou rotas de comércio, provocou guerras e foi motivo de monopólios. E, às vezes, até a conta é salgada!

Com moderação, o sal é o principal tempero em uma cozinha.


domingo, 26 de setembro de 2010

Nada Além de Mário Lago

 Um caso raro de alguém que teve mais de 150 músicas gravadas e que, por exemplo, deixou a sua marca na inesquecível Amélia. Foi ele que, com seu parceiro predileto, Custódio Mesquita, compôs o fox-canção Nada Além, gravado com 10 cantores diferentes. 
Na era de ouro do rádio brasileiro – entre a segunda metade dos anos 30 e que avança até os anos 50 do século 20, compor era um bom negócio e, principalmente, um meio de vida para muita gente.
Hoje vamos contar um pouco da história da criação de um fox-canção que teve 10 gravações diferentes: Nada Além, criada por Mário Lago em parceria com Custódio Mesquita.
Custódio Mesquita foi um dos parceiros mais freqüentes de Mário Lago durante a sua primeira fase (1936-1941). A primeira composição de Mário Lago, a marcha Menina, eu sei de uma coisa, interpretada por Mário Reis, foi criada em parceria com Custódio Mesquita, em 1936. Apesar de seu temperamento difícil, Custódio e Mário tinham muitas coisas em comum: amavam o teatro, a música e a vida boêmia.
Convém lembrar que os compositores, em geral, eram quase todos de origem humilde. E viviam basicamente de compor músicas populares. Na época, era muito comum vender músicas – a questão do copyright era ainda muito incipiente.
Com relação a Nada Além, Mário relata no livro Boêmia e Política a história curiosa de como se processou a venda dos direitos autorais:
“Em 1937, vendi Nada Além, parceria com Custódio Mesquita, para os irmãos Vitale. Eles eram editores e, como era comum na época, fui pedir um vale. A situação estava difícil, acabei vendendo a música que depois estourou. Mas surgiu Amélia, outro estouro, e o Vitale também quis comprar. Finquei o pé e pedi a ele para anular o contrato de venda de Nada Além. Como a música já tinha rendido muito, ele concordou: me pagou os direitos e cancelou o contrato. Concordou também em registrar o copyright de Amélia para mim e o Ataulfo Alves. Mas, na pressa, acabei esquecendo da anulação de Nada Além e aquela música não me rendeu ”nada além” do que recebi”.
Nada Além se destaca na história da MPB por vários motivos.
Antes de tudo, ela é simplesmente imortal, sua letra não sofreu nenhuma corrosão, após quase sete décadas. Criada em 1937, teve 10 gravações diferentes.
A gravação original, consagrada até hoje, foi feita em 1938 com Orlando Silva, o Rei das Multidões. Nos anos 70, foi a vez de Maria Bethânia interpretar Nada Além. Em 1988, exatamente 50 anos depois da gravação original, Nada Além foi utilizada como abertura musical da novela Vida Nova, da TV Globo na voz de Nelson Gonçalves.
Nada Além teve o seu revival no ano de 2005, através do espetáculo teatral e musical Orlando Silva – O Rei das Multidões, grande sucesso em São Paulo, Rio de Janeiro e também em Florianópolis.
Mário Lago faleceu no dia 30 de maio de 2002 aos 91 anos de idade.
Para vocês poderem conferir a atualidade de Nada Além, leiam a sua letra e escutem a melodia na voz de Caetano Veloso:

Nada além,
Nada além de uma ilusão.
Chega bem, é demais.
É demais para o meu coração
Acreditando em tudo que o amor
Mentindo sempre diz,
Eu vou vivendo assim
Feliz na ilusão de ser feliz.
Se o amor
Só nos causa sofrimento e dor
É melhor,
Bem melhor a ilusão do amor.
Eu não quero e não peço
Para o meu coração
Nada Além de uma linda ilusão.

sábado, 11 de setembro de 2010

Por que, porque, por quê ou porquê?

Vários alunos me perguntaram qual a diferença do uso dos diversos "porques" .
Aí vai a explicação de quando e como usar.


O uso correto segundo a gramática

Por que (separado, sem acento)
Utiliza-se nas interrogativas, sejam diretas ou indiretas. É um advérbio interrogativo. Exemplos:

Por que ele foi embora? (interrogativa direta)
Queremos saber por que ele foi embora. (interrogativa indireta)

Dica: Coloque a palavra "motivo" ou "razão" depois de "por que". Se der certo, escreva separado, sem acento.
Queremos saber por que motivo ele foi embora.

Por que pode também equivaler a pelo qual, pela qual pelos quais, pelas quais, sendo o que, nesse caso, um pronome relativo. Exemplo:

Aquele é o quadro por que ela se apaixonou.

Dica: Substitua por que por "pelo qual, pelos quais, pela qual ou pelas quais":
Aquele é o quadro pelo qual ela se apaixonou.


Porque (junto, sem acento)
Estabelece uma causa. É uma conjunção subordinativa causal, ou coordenativa explicativa. Exemplos:

Ele foi embora porque cansou daqui.
Não vá porque você é útil aqui.

Dica: Substitua porque por "pois".
Ele foi embora pois se cansou daqui.

Também utiliza-se porque com o sentido de "para que", introduzindo uma finalidade:
Ele mentiu porque o deixassem sossegado.

Por quê (separado, com acento)
Em final de frase ou quando a expressão estiver isolada, usa-se por quê. Exemplos:

Ele foi embora por quê?
Você é a favor ou contra? Por quê?

Porquê (junto, com acento)
Equivalendo a causa, motivo, razão, porquê é um substantivo. Neste caso ele é precedido pelo artigo o. Exemplo:

Não quero saber o porquê de sua recusa.

Dica: Substitua "porquê" por "motivo".
Não quero saber o motivo de sua recusa.


fonte: http://educacao.uol.com.br/portugues/ult1693u35.jhtm