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domingo, 2 de abril de 2017

Jargões no mundo corporativo

A redação de Época NEGÓCIOS reuniu uma pequena lista com os jargões mais batidos que já ouvimos no mundo corporativo. Mas queremos a sua contribuição. Qual a pior expressão que você já ouviu em reuniões de trabalho ou no café da empresa?

Schedular: Vem do termo em inglês schedule, que significa agenda. Em bom português, significa agendar um evento, reunião, etc.
Brilho no olho: Geralmente usado para descrever alguém com desempenho acima da média nas corporações, ou um funcionário muito empenhado.
Endereçar: É uma derivação aportuguesada do termo em inglês “to address”, bastante usada em situações nas quais é necessário transmitir uma mensagem.
Brainstorm: Uma técnica que tem por objetivo listar ideias que possam atacar um problema específico, mas que acabou se tornando um sinônimo para “reunião”. Também já ouvimos uma versão em português: “toró de palpites”.
Empowerment: Expressão usada ao delegar uma atividade de certa importância. É quase como dizer “Você pode fazer um pouquinho disto aqui, mas ainda sou eu quem está no comando.” E provavelmente, o “empoderado” não ganhará nem um centavo a mais por isso.
Feedback: Outra ferramenta, bastante utilizada pelo RH, para comunicar um funcionário desde um problema até um elogio. No fim das contas, virou sinônimo de “retorno”.
Quebra de paradigma: Uma das expressões preferidas, usada por 10 entre 10 executivos. De tão batida, acabou perdendo o significado, mas quer dizer alterar velhas práticas ou modelos para obter bons resultados.
Não estamos numa corrida de 100 metros e, sim,  em uma maratona:Expressão muito usada para justificar um resultado negativo e tentar manter a equipe motivada, ainda que o barco esteja afundando.
Toda crise é uma oportunidade: Mais uma frase motivacional que funciona mais como ânimo que como ferramenta para identificar boas práticas de negócios em tempos difíceis.
Do limão vamos fazer uma limonada: Praticamente uma substituta da expressão acima.

Está no nosso DNA: Uma iniciativa tão costumeira, tão amplamente adotada, que estaria incorporada ao modo de atuar da companhia.

Startar: Também usado como "dar o start". Recorrente em frases como "Vamos startar o projeto". É o bom e velho "começar" ou "dar início".

To dos: Basicamente, trata-se da lista de afazeres. Fica ainda pior quando o interlocutor diz: "Fulano, coloque isso na sua lista de to do para fazer". Se alguém traduzisse ficaria assim: "Fulano, coloque isso na sua lista de 'para fazer' para fazer." Desnecessário.

Sinergia: A origem da palavra é poética, já que ela deriva do grego "synergía", uma fusão de "sýn", cooperação, e "érgon", trabalho. Mas é facilmente substituída por trabalho em conjunto.

Briefing: Figurinha fácil nas rodas de profissionais de administração, relações públicas e publicidade, substitui o termo "relatório". Pode ser também uma reunião para passar informações e preparar a equipe. O jargão é tão usado que gerou um filhote, o "de-briefing", o qual, segundo um leitor, é a checagem do briefing.

Bypassar: Vem do termo em inglês "bypass", que significa "passar por cima de" ou "burlar". Usado para amenizar situações de trabalho na qual um colega atravessa alguém - muitas vezes o próprio chefe.

Agregar valor: Esse faz parte da série "Quem nunca?". De tão usado, já ficou batido. Para fugir da expressão, diga que o trabalho, projeto ou ação "não vai dar em nada", em vez de dizer que ele "não agrega valor".

Tropicalizar: Houve uma época em que as estratégias (de negócios, comunicação, marketing etc) saiam da matriz e eram adaptadas por cada filial, conforme o mercado local. No Brasil, talvez por sermos conhecidos como o país dos trópicos, alguém achou bonito falar "tropicalizar". Pronto, pegou.

Expertise: Por que falar "essa é nossa especialidade" se podemos parecer ainda mais "especialistas" e usar o "essa é nossa expertise"?

Attachado: Provavelmente, é herança dos programas de email em inglês, mas muita gente ainda fala "segue o arquivo 'attachado'", em vez de "anexado".