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quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Vocês sabiam????????? Muito interessante!!!!

Acontece em Buenos Aires , você sabia?

Freud espera sua 'calle' portenha
por Ariel Palacios, Seção: Geral, Buenos Aires, Un poco de todo, Cultura, Turismo 23:28:14.

Sigmund Freud, quase um portenho. A cidade de Buenos Aires, capital sul-americana da psicanálise, por seu elevado número de profissionais do setor (e de analisados) poderia ter uma rua que homenageie o pai dessa ciência.
Nesta quarta-feira dia 23 completaram-se 70 anos de sua morte (ou sua passagem para o divã lá de cima) em Londres
Sigmund ‘Sigi’ Schlomo Freud, ícone popular - pelo menos para amplos setores da classe média e a elite portenha - poderia ter seu nome afixado em um trecho da atual rua Medrano. Um grupo de moradores do bairro, psicanalistas e psicanalisados tentam há dois anos que a Assembleia Legislativa da Capital Federal mude o nome de apenas um quarteirão da rua Medrano para “Sigmund Freud”.
Esse trecho da ‘calle’ Medrano tem elevado simbolismo, já que em uma das esquinas está o tradicional bar “Sigi”, ponto de encontro dos analisados do bairro. Na outra esquina, uma loja de roupa que ostenta o nome de “Narciso”, figura mitológica e nome de um dos complexos freudianos.
Se os moradores do bairro vencerem a rua Sigmund Freud ficará na área do bairro de Palermo que é ironicamente denominada de “Palermo Sensível”. Mais especificamente, o trecho da rua que ostentaria o nome do pai da psicanálise está na frente da Praça Güemes, informalmente chamada “Praça Freud”. Os quarteirões vizinhos são denominados de “Villa Freud”.
Villa Freud, embora não integre a cartografia oficial, possui fronteiras definidas. Seu epicentro é a praça Güemes (ou Praça Freud). Mas a divisa do bairro é feita pelas ruas Mansilla, Soler, Bulnes e Julián Álvarez.
Com ironia, os vizinhos comentam que Freud teria tido dois potenciais pacientes nas esquinas, já a rua transversal homenageia Lucio V. Mansilla, um famoso dândi narcisista argentino do século XIX que participou de massacres de índios (mas ao mesmo tempo, intelectual e excelente escritor, de saborosa prosa), enquanto que a praça defronte, refere-se ao notório Martín Güemes, um megalômano caudilho do norte do país (e também um herói - real - da independência argentina), que deleitava-se no design próprio de seus uniformes (aliás, uniformes de excelente corte!).

Freud e Freud
Há dois anos, quando respaldou a ideia de ‘freudianizar’ a rua Medrano, o deputado estadual Alejandro Rabinovich, do partido de centro-esquerda Argentinos por uma República de Iguais (ARI) destacou que este era um raro caso de batizar uma rua com o nome de uma pessoa que não causa antagonismos na Argentina (é frequente neste país que setores da sociedade discutam – como se fosse uma questão de vida ou morte - com outros setores o nome de uma rua...assunto que veremos em uma postagem em breve).
FREUD CITY
A presença da psicanálise e da psicologia entre os portenhos é significativa, se comparada com os países da região. Existe um psicólogo a cada 649 argentinos, número que torna a Argentina no país com maior número desses profissionais em todo o continente americano.
O segundo colocado está do outro lado do rio da Prata, o Uruguai, com um psicólogo a cada 900 habitantes. O Brasil teria um psicólogo a cada 1.154 pessoas.
Segundo dados da Universidade de Buenos Aires (UBA), existem na Argentina 46.800 psicólogos na ativa. A maioria está concentrada na cidade de Buenos Aires, onde existe um psicólogo para cada 121 portenhos.
Os habitantes da cidade também usam expressões adaptadas dessa ciência. Uma das expressões é “psico-patear” (psico-chutar), para referir-se a alguém que pressiona ou tortura psicologicamente outra pessoa.
A psicanálise também está presente nas telenovelas. Os personagens psicólogos são frequentes nos enredos, e até uma telenovela, a “Vulnerables” (Vulneráveis), anos atrás teve grande sucesso ao retratar um grupo de pessoas que realizava análise grupal.
Durante a crise de 2001-2002 os programas de notícias consideravam os psicanalistas tão importantes como os analistas políticos e economistas para avaliar o caos social do país e o desespero de seus habitantes.
Os portenhos estão acostumados a ouvir ou pronunciar termos específicos da psicanálise como “projeção”, “inconsciente” e “negação”. E até para indicar o estado de ânimo surgiu o termo 'anímicamente': "sí, Graciela, anímicamente estoy mejor" (sim, Graciela, 'animicamente' estou melhor)
Volta e meia alguém pode comentar que está tendo ‘x’ reação física porque está “somatizando”.
A expressão “histérica” foi mais além de seu sentido psicanalítico e é usada popularmente para referir-se a uma mulher ou homem que provoca com sensualidade mas não concretiza o ato sexual.
A psicanálise também está presente nos quadrinhos. Esse é o caso do jornal “Página 12”, que conta com a tirinha “Gaspar, El Revolú”, do cartunista Rep, cujo protagonista passa boa parte do tempo no divã de sua analista.
Aliás, todas as quintas-feiras o "Página 12" dedica duas páginas a assuntos psicológicos-psicanalíticos (isso, quando não publica assuntos vinculados em outros dias da semana).

Psicólogos também apresentam programas de rádio, como Gabriel Rolón, que tornou-se bastante popular nos últimos anos.
Um charuto às vezes é um charuto, dizia o velho supimpa Sigi


BUFFET FREUD
Um pequeno guia de afazeres para-freudianos

Aqui é possível esquecer - temporariamente - as angústias da mente ao saborear o spaghetti com 'mollejas' e a salada de coelho. 'Morfá' e deixe os ataques de pânico para depois da sobremesa.
COMER FREUD
Freud & Fahler: O nome é por Freud, Sigmund Freud, o pai da psicanálise. E o Fahler não é por ‘falo’ em alemão (que é 'Der Phallus'), se é que alguém fez a clássica associação peniana-vienesa (e, não quero complicar mais ainda as coisas ao recordar que ‘Vieníssima’ é uma marca de salsichas em Buenos Aires...cidade cujo monumento-símbolo é o Obelisco).
A primeira dona do restaurante era casada com com um sr. de sobrenome Fahler. E ela, que era psicanalista, costumava dizer que havia batizado o restaurante com os sobrenomes de seus dois amores.
Na rua Gurruchaga 1750. Telefone: 4833 2153. Bairro de Palermo.


BEBER E PETISCAR FREUD

BAR SIGI: O bar que ostenta o diminutivo carinhoso de Freud está nas esquinas das ruas Salguero e Charcas. Frequentado pelos analistas e analisados da região.
Telefone: 4824 4366.

REMÉDIOS
Farmácia Villa Freud: Na rua Medrano 1773. Telefone: 4825 2612

FORA DE VILLA FREUD
LIVROS
Livraria Paidós Central del Libro Psicológico
Av. Las Heras 3741 – Loja 31
Telefone: (5411) 4801-2860
Livraria Paidós del Fondo
Av. Santa Fe 1685
Telefone: (5411) 4812-6685

MUSEU
Museu de la Psicología Argentina Horacio Piñero, da Universidad de Buenos Aires
Endereço: Independencia 3065
Bairro: Boedo
(54 11) 4957 4348 (54 11) 4957 4348 / 4110 (ramal 116)

EXTINTO
Bar ‘Diván, el terrible’ (Divã, o terrível): Bar que fazia trocadilho com o nome do sádico czar russo Ivã, o terrível (Ivan Grozny, ou Ива́н Гро́зный) e o divã, elemento sine qua non da mobília freudiana. Na época em que funcionava, o bar estava nos arredores da faculdade de psicologia da Universidade de Buenos Aires.

Do Blog os Hermanos de Ariel Palacios de 23.9.09
Ariel Palacios é correspondente em Buenos Aires de O Estado de S.Paulo. Master em Jornalismo pela Universidad Autónoma de Madrid/Jornal "El País".

FAROFA À BRASILEIRA

Muito vocês escutam falar de farofa e farinha. Aqui vocês têm uma recita muito boa de FAROFA, que é preparada com farinha de mandioca (nas dietéticas vocês encontram com o nome de FARIÑA)

Façam porque é uma guarnição muito saborosa
Bom apetite!!!!!!!!


Farofa à Brasileira

Tipo de Culinária: Sudeste
Categoria: Guarnições
Subcategorias: Amidos (arroz, farinhas, tubérculos)
Rendimento: 4 porções


Farofa é o acompanhamento perfeito para qualquer receita que tenha molho. Na feijoada e no churrasco a farofa é indispensável.

Ingredientes:

- 100 gr de bacon picado(s) finamente
- 100 gr de lingüiça calabresa defumada picado(s) finamente
- 2 colher(es) (sopa) de manteiga
- 1 unidade(s) de cebola picada(s)
- 3 xícara(s) (chá) de farinha de mandioca crua
- quanto baste de sal
- 3 colher(es) (sopa) de salsinha picado(s) finamente
- 2 unidade(s) de ovo cozido(s)


Modo de preparo:

Numa panela de tamanho adequado à quantidade, coloque o bacon picado para fritar sem óleo (o bacon já tem sua gordura). Acrescente a calabresa na panela. Quando estiver dourado, junte a manteiga e a cebola picada e refogue por alguns minutos, até que a cebola esteja transparente. Tempere com sal a gosto. Junte a farinha de mandioca e mantenha no fogo, mexendo bem até que a farinha uma coloração típica da farofa (dourada).Um pouco antes de tirar do fogo, junte a salsa e mexa por mais um minuto, com cuidado para não deixar queimar a farinha. Retire do fogo, junte os ovos picados.

Importante: Se for congelar a farofa, não coloque os ovos cozidos, antes de levá-lo ao freezer, pois os ovos perdem a textura e sabor, ficando a parecer borrachinhas . Deixe para colocá-los na hora de servir, quando aquecer.


Após fazer esta receita vá até o Cyber Cook e contribua fazendo uma avaliação e comentário sobre a mesma, dividindo assim sua experiência com outros cooknautas.
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domingo, 6 de setembro de 2009

7 de setembro! Independêcia do Brasil

A independência do Brasil, enquanto processo histórico, se desenhou muito tempo antes do príncipe regente Dom Pedro I proclamar o fim dos nossos laços coloniais às margens do rio Ipiranga. De fato, para entendermos como o Brasil se tornou uma nação independente, devemos perceber como as transformações políticas, econômicas e sociais inauguradas com a chegada da família da Corte Lusitana ao país abriram espaço para a possibilidade da independência.

A chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil foi episódio de grande importância para que possamos iniciar as justificativas da nossa independência. Ao pisar em solo brasileiro, Dom João VI tratou de cumprir os acordos firmados com a Inglaterra, que se comprometera em defender Portugal das tropas de Napoleão e escoltar a Corte Portuguesa ao litoral brasileiro. Por isso, mesmo antes de chegar à capital da colônia, o rei português realizou a abertura dos portos brasileiros às demais nações do mundo.

Do ponto de vista econômico, essa medida pôde ser vista como um primeiro “grito de independência” onde a colônia brasileira não mais estaria atrelada ao monopólio comercial imposto pelo antigo pacto colonial. Com tal medida, os grandes produtores agrícolas e comerciantes nacionais puderam avolumar os seus negócios e viver um tempo de prosperidade material nunca antes experimentado em toda história colonial. A liberdade já era sentida no bolso de nossas elites.

Para fora do campo da economia, podemos salientar como a reforma urbanística feita por Dom João VI promoveu um embelezamento do Rio de Janeiro até então nunca antes vivida na capital da colônia, que deixou de ser uma simples zona de exploração para ser elevada à categoria de Reino Unido de Portugal e Algarves. Se a medida prestigiou os novos súditos tupiniquins, logo despertou a insatisfação dos portugueses que foram deixados à mercê da administração de Lorde Protetor do exército inglês.

Essas medidas, tomadas até o ano de 1815, alimentaram um movimento de mudanças por parte das elites lusitanas, que se viam abandonadas por sua antiga autoridade política. Foi nesse contexto que uma revolução constitucionalista tomou conta dos quadros políticos portugueses em agosto de 1820. A Revolução Liberal do Porto tinha como objetivo reestruturar a soberania política portuguesa por meio de uma reforma liberal que limitaria os poderes do rei e reconduziria o Brasil à condição de colônia.

Os revolucionários lusitanos formaram uma espécie de Assembléia Nacional que ganhou o nome de “Cortes”. Nas Cortes, as principais figuras políticas lusitanas exigiam que o rei Dom João VI retornasse à terra natal para que o mesmo legitimasse as transformações políticas em andamento. Temendo perder sua autoridade real, D. João saiu do Brasil em 1821 e nomeou seu filho, Dom Pedro I, como príncipe regente do Brasil.

A medida ainda foi acompanhada pelo rombo dos cofres brasileiros, o que deixou a nação em péssimas condições financeiras. Em meio às conturbações políticas que se viam contrárias às intenções políticas dos lusitanos, Dom Pedro I tratou de tomar medidas em favor da população tupiniquim. Entre suas primeiras medidas, o príncipe regente baixou os impostos e equiparou as autoridades militares nacionais às lusitanas. Naturalmente, tais ações desagradaram bastante as Cortes de Portugal.

Mediante as claras intenções de Dom Pedro, as Cortes exigiram que o príncipe retornasse para Portugal e entregasse o Brasil ao controle de uma junta administrativa formada pelas Cortes. A ameaça vinda de Portugal despertou a elite econômica brasileira para o risco que as benesses econômicas conquistadas ao longo do período joanino corriam. Dessa maneira, grandes fazendeiros e comerciantes passaram a defender a ascensão política de Dom Pedro I à líder da independência brasileira.

No final de 1821, quando as pressões das Cortes atingiram sua força máxima, os defensores da independência organizaram um grande abaixo-assinado requerendo a permanência e Dom Pedro no Brasil. A demonstração de apoio dada foi retribuída quando, em 9 de janeiro de 1822, Dom Pedro I reafirmou sua permanência no conhecido Dia do Fico. A partir desse ato público, o príncipe regente assinalou qual era seu posicionamento político.

Logo em seguida, Dom Pedro I incorporou figuras políticas pró-independência aos quadros administrativos de seu governo. Entre eles estavam José Bonifácio, grande conselheiro político de Dom Pedro e defensor de um processo de independência conservador guiado pelas mãos de um regime monárquico. Além disso, Dom Pedro I firmou uma resolução onde dizia que nenhuma ordem vinda de Portugal poderia ser adotada sem sua autorização prévia.

Essa última medida de Dom Pedro I tornou sua relação política com as Cortes praticamente insustentável. Em setembro de 1822, a assembléia lusitana enviou um novo documento para o Brasil exigindo o retorno do príncipe para Portugal sob a ameaça de invasão militar, caso a exigência não fosse imediatamente cumprida. Ao tomar conhecimento do documento, Dom Pedro I (que estava em viagem) declarou a independência do país no dia 7 de setembro de 1822, às margens do rio Ipiranga.

Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola