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sexta-feira, 26 de junho de 2009

BOLO DE BANANA

Bolo de Banana
INGREDIENTES
4 unidade(s) de banana em rodelas
4 unidade(s) de ovo
2 xícara(s) (chá) de açúcar
3/4 xícara(s) (chá) de óleo
2 xícara(s) (chá) de farinha de rosca
1 colher(es) (sopa) de fermento químico em pó
MODE DE PREPARO

Bata todos os ingredientes no liqüidificador. Passe a mistura para um recipiente e acrescente a farinha de rosca e o fermento em pó, misture bem.
Coloque numa fôrma untada e enfarinhada. Leve ao forno pré-aquecido até que enfiando um garfo saia limpo.
Espere esfriar um pouco e desinforme. Polvilhe o bolo de banana com açúcar e canela.

sábado, 20 de junho de 2009

dengue 2


O que é a Dengue

A dengue é uma doença infecciosa febril aguda causada por um vírus da família Flaviridae e é transmitida através do mosquito Aedes aegypti, também infectado pelo vírus. Atualmente, a dengue é considerada um dos principais problemas de saúde pública de todo o mundo.

Tipos de Dengue

Em todo o mundo, existem quatro tipos de dengue, já que o vírus causador da doença possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4.

No Brasil, já foram encontrados da dengue tipo 1, 2 e 3. A dengue de tipo 4 foi identificada apenas na Costa Rica.

Formas de apresentação - Sintomas

A dengue pode se apresentar – clinicamente - de quatro formas diferentes formas: Infecção Inaparente, Dengue Clássica, Febre Hemorrágica da Dengue e Síndrome de Choque da Dengue. Dentre eles, destacam-se a Dengue Clássica e a Febre Hemorrágica da Dengue.

- Infecção Inaparente
A pessoa está infectada pelo vírus, mas não apresenta nenhum sintoma. A grande maioria das infecções da dengue não apresenta sintomas. Acredita-se que de cada dez pessoas infectadas apenas uma ou duas ficam doentes.

- Dengue Clássica
A Dengue Clássica é uma forma mais leve da doença e semelhante à gripe. Geralmente, inicia de uma hora para outra e dura entre 5 a 7 dias. A pessoa infectada tem febre alta (39° a 40°C), dores de cabeça, cansaço, dor muscular e nas articulações, indisposição, enjôos, vômitos, manchas vermelhas na pele, dor abdominal (principalmente em crianças), entre outros sintomas.
Os sintomas da Dengue Clássica duram até uma semana. Após este período, a pessoa pode continuar sentindo cansaço e indisposição.

- Dengue Hemorrágica
A Dengue Hemorrágica é uma doença grave e se caracteriza por alterações da coagulação sanguínea da pessoa infectada. Inicialmente se assemelha a Dengue Clássica, mas, após o terceiro ou quarto dia de evolução da doença surgem hemorragias em virtude do sangramento de pequenos vasos na pelo e nos órgãos internos. A Dengue Hemorrágica pode provocar hemorragias nasais, gengivais, urinárias, gastrointestinais ou uterinas.
Na Dengue Hemorrágica, assim que os sintomas de febre acabam a pressão arterial do doente cai, o que pode gerar tontura, queda e choque. Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte.

- Síndrome de Choque da Dengue
Esta é a mais séria apresentação da dengue e se caracteriza por uma grande queda ou ausência de pressão arterial. A pessoa acometida pela doença apresenta um pulso quase imperceptível, inquietação, palidez e perda de consciência. Neste tipo de apresentação da doença, há registros de várias complicações, como alterações neurológicas, problemas cardiorrespiratórios, insuficiência hepática, hemorragia digestiva e derrame pleural.
Entre as principais manifestações neurológicas, destacam-se: delírio, sonolência, depressão, coma, irritabilidade extrema, psicose, demência, amnésia, paralisias e sinais de meningite. Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte.
Há suspeita de dengue em casos de doença febril aguda com duração de até 7 dias e que se apresente acompanhada de pelo menos dois dos seguintes sintomas: dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores musculares, dores nas juntas, prostração e vermelhidão no corpo.
É importante destacar que a dengue é uma doença dinâmica, que pode evoluir rapidamente de forma mais branda para uma mais grave. É preciso ficar atento aos sintomas que podem indicar uma apresentação mais séria da doença.


SINAIS DE ALERTA - DENGUE HEMORRÁGICA

1. Dor abdominal intensa e contínua (não cede com medicação usual);
2. Agitação ou letargia;
3. Vômitos persistentes;
4. Pulso rápido e fraco;
5. Hepatomegalia dolorosa;
6. Extremidades frias;
7. Derrames cavitários;
8. Cianose;
9. Sangramentos expontâneos e/ou prova de laço positiva;
10. Lipotimia;
11. Hipotensão arterial;
12. Sudorese profusa;
13. Hipotensão postural;
14. Aumento repentino do hematócrito;
15. Diminuição da diurese;

Fonte: Dengue - Aspectos Edipemiológico, diagnóstico e tratamento (Ministério da Saúde)


Modo de transmissão

A dengue é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti ou Aedes albopictus. (ambos da família dos pernilongos) infectados com o vírus transmissor da doença.
A transmissão nos mosquitos ocorre quando ele suga o sangue de uma pessoa já infectada com o vírus da dengue. Após um período de incubação, que inicia logo depois do contato do pernilongo com o vírus e dura entre 8 e 12 dias, o mosquito está apto a transmitir a doença.

Nos seres humanos, o vírus permanece em incubação durante um período que pode durar de 3 a 15 dias. Só após esta etapa, é que os sintomas podem ser percebidos.
É importante destacar que não há transmissão através do contato direto de um doente ou de suas secreções com uma pessoa sadia. O vírus também não é transmitido através da água ou alimento.

Lembrete: Quem estiver com dengue deve se prevenir de picadas do mosquito Aedes aegypti para evitar a transmissão da doença para o mosquito. Assim, é possível cortar mais uma cadeia de transmissão do vírus. Portanto, quem estiver com dengue deve usar repelentes, mosquiteiros e/ou outras formas de evitar a picada do mosquito.

Prevenção

A ação mais simples para se prevenir a dengue é evitar o nascimento do mosquito, já que não existem vacinas ou medicamentos que combatam a contaminação. Para isso, é preciso eliminar os lugares que eles escolhem para a reprodução.

A regra básica é não deixar a água, mesmo quando limpa, parada em qualquer tipo de recipiente.
Como a proliferação do mosquito é rápida, além das iniciativas governamentais, é importantíssimo que a população também colabore para interromper o ciclo de transmissão e contaminação. Para se ter uma idéia, em 45 dias de vida, um único mosquito pode contaminar até 300 pessoas.

Então, a dica é manter recipientes, como caixas d’água, barris, tambores tanques e cisternas, devidamente fechados. E não deixar água parada em locais como: vidros, potes, pratos e vasos de plantas ou flores, garrafas, latas, pneus, panelas, calhas de telhados, bandejas, bacias, drenos de escoamento, canaletas, blocos de cimento, urnas de cemitério, folhas de plantas, tocos e bambus, buracos de árvores, além de outros locais em que a água da chuva é coletada ou armazenada.

É bom lembrar que o ovo do mosquito pode sobreviver até 450 dias, mesmo se o local onde foi depositado o ovo estiver seco. Caso a área receba água novamente, o ovo ficará ativo e pode atingir a fase adulta em um espaço de tempo entre 2 e 3 dias. Por isso é importante eliminar água e lavar os recipientes com água e sabão.

Segue abaixo uma lista de locais e ações que você pode realizar para combater o mosquito da dengue. Se você achar que é muita coisa, comece a realizar essas ações gradativamente e, ao poucos, essas atividades serão ainda mais simples. Tire um dia na semana, junte sua família, vizinhos e amigos. Faça sua parte!

Eliminar Locais de Reprodução

Local: Pratinhos de vasos com plantas
Ação: Elimine os pratinhos de vasos em áreas externas

Local: Plantas em água para enraizar
Ação: Manter a boca do recipiente protegida por algodão, papel alumínio, tecido, etc.

Local: Plantas em água (jibóia, pau d´água)
Ação: Encher com areia, ou lavar bem e trocar a água 2 vezes por semana.

Local: Bromélias ou plantas que acumulam água
Ação: Lavar com mangueira 2 vezes por semana

Local: Ocos das árvores, bambus
Ação: Preencher com serragem ou areia.

Local: Espelhos d´água, cascatas, lagos
Ação: Tratar com cloro/manter as bordas escovadas

Local: Piscina
Ação: Se tratada adequadamente, com cloro, não causam problemas; as lonas de proteção podem facilitar o acumulo de água. Colocar uma bóia sob a lona para facilitar o escoamento da chuva.

Local: Muros com cacos de vidro
Ação: Preencher com massa ou areia.

Local: Vasos vazios, baldes, regadores, etc.
Ação: Mantê-los com as bocas para baixo.

Local: Áreas externas próximas
Ação: Percorrer áreas próximas de sua casa,seu jardim, áreas não ajardinadas, praças, parques, super-quadra, etc. Recolher objetos que possam transformar em depósitos de água.

Local: Em áreas de obras
Ação: Vedar totalmente caixas de água e cisternas. Esvaziar e lavar semanalmente tambores e depósitos de água, recolher baldes e latas, verificar depósitos ou empoçamentos e encher com areia.

Local: Lajes
Ação: Mantê-las limpas, com ralos desentupidos e verifique seu nivelamento para evitar depósitos.

Local: Calhas, coletores de águas pluviais, caixas de inspeção, drenos, etc
Ação: Fechar com tela, se possível preencher com areia ou brita até o limite para evitar empoçamentos, adicionar água sanitária, conferir o escoamento das águas.

Local: Ar-condicionado
Ação: Cuidar para que a água não fique depositada nas bandejas de coleta.

Local: Barcos e canoas
Ação: Manter viradas ou cobertas com lonas

Depósitos e lixeiras
Local: Lixeiras externas
Ação: Fazer furos na parte inferior.

Local: Lixo doméstico
Ação: Manter o lixo ensacado e o recipiente tampado.

Local: Pneus usados
Ação: Furar e encaminhar para a reciclagem sempre que possível; se utilizados como brinquedos infantis faça um furo na parte inferior; se ainda utilizáveis guardá-los secos e cobertos.

Local: Vasilhame a ser descartado (casca de coco, latas de refrigerantes, copo plástico), garrafas, embalagens, etc.
Ação: Furar, amassar, cortar, picar, etc. de maneira que não se transformem em recipientes nos locais finais de depósito.

Depósitos de água
Local: Caixas d’água, tonéis, depósitos em geral
Ação: Manter sempre tampados e lavar regularmente esfregando bordas e paredes.

Local: Cacimbas e poços
Ação: Manter sempre bem fechados.

Dentro de Casa

Local: Vasos com flores cortada
Ação: Trocar a água e lavar o recipiente 2 vezes por semana.

Local: Pratinhos em vasos de plantas
Ação: Mantê-los secos ou preencher com areia.

Local: Latas, garrafas, frascos em geral, vidros
Ação: Guardar somente o que for realmente necessário e sempre virados para baixo.

Animais Domésticos
Local: Aquários para peixes
Ação: Mantê-los limpos e telados e, se possível, criar uma espécie larvófoga.

Local: Cães, gatos, passarinhos
Ação: Diminuir o número de bebedouros, escová-los quando trocar a água.

Na Cozinha
Local: Ralos com pouco uso
Ação: Mantê-los isolados com um filme plástico, jogar água sanitária 2 vezes por semana.

Local: Filtros e recipientes para água
Ação: Lavar com bucha regularmente e mantê-los tampados.

Local: Bandeja de coleta de água da geladeira
Ação: Manter seca e lavar regularmente.

Local: Água mineral retornável
Ação: Lavar sempre que trocar o garrafão.

Local: Objetos que possam acumular água
Ação: Mantê-los tampados ou emborcados.

No Banheiro
Local: Caixas de descarga, vasos sanitários e ralos com pouco uso
Ação: Mantê-los sempre bem limpos e jogar água com água sanitária duas vezes por semana.

Fonte: www2.camara.gov.br/eve/realizados/dengue

Diagnóstico

O diagnóstico da dengue é realizado com base na história clínica do doente, exames de sangue, que indicam a gravidade da doença, e exames específicos para isolamento do vírus em culturas ou anticorpos específicos.
Para comprovar a infecção com o vírus da dengue, é necessário fazer a sorologia, que é um exame que detecta a presença de anticorpos contra o vírus do dengue. A doença é detectada a partir do quarto dia de infecção.
Inicialmente, é feito um o diagnóstico clínico para descartar outras doenças. Após esta etapa, são realizados alguns exames, como hematócrito e contagem de plaquetas. Estes testes não comprovam o diagnóstico da dengue, já que ambos podem ser alterados por causa de outras infecções.

Dengue Hemorrágica
Há três exames que podem ser utilizados identificar a dengue hemorrágica: a prova do laço, a contagem das plaquetas e a contagem dos glóbulos vermelhos. A prova do laço é um exame de consultório, com uma borrachinha o médico prende a circulação do braço e vê se há pontos vermelhos sob a pele, que indicariam a doença. Os outros testes são feitos por meio de uma amostra de sangue em laboratório.
Lembrete: A dengue hemorrágica deve ser diagnóstica rapidamente, pois se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte.

Tratamento

O tratamento da dengue requer bastante repouso e a ingestão de muito líquido, como água, sucos naturais ou chá. No tratamento, também são usados medicamentos anti-térmicos que devem recomendados por um médico.
É importante destacar que a pessoa com dengue NÃO pode tomar remédios à base de ácido acetil salicílico, como AAS, Melhoral, Doril, Sonrisal, Alka-Seltzer, Engov, Cibalena, Doloxene e Buferin. Como eles têm um efeito anticoagulante, podem promover sangramentos.
O doente começa a sentir a melhorar cerca de quatro dias após o início dos sintomas, que podem permanecer por 10 dias.
É preciso ficar alerta para os quadros mais graves da doença. Se aparecerem sintomas, como dores abdominais fortes e contínuas, vômitos persistentes, tonturas ao levantar, alterações na pressão arterial, fígado e baço dolorosos, vômitos hemorrágicos ou presença de sangue nas fezes, extremidades das mãos e dos pés frias e azuladas, pulso rápido e fino, diminuição súbita da temperatura do corpo, agitação, fraqueza e desconforto respiratório, o doente deve ser levado imediatamente ao médico.
Fonte http://www.combateadengue.com.br/

DENGUE 1

Esta é a primeira de uma série de informações sobre a dengue, já que, durante nossas classes me impressionou muito a falta de informação na maoria de vocês. Espero que passem adiante essa informação. Sintam-se livres para traduzirem, usarem informações ou fotos, sempre respeitando citar as fontes.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Beijinho de côco




Ingredientes
1 lata de leite condensado 2 gemas 1 colher (chá) de
essencia de baunilha 1 colher (sopa) de manteiga 100 g
de coco ralado 1 xícara (chá) de açúcar 50 cravos- da
índia

Modo de preparo
Em uma tigela, coloque todos os ingredientes
(menos o açúcar e os cravos), misture e leve ao
microondas, em potencia alta, por 8 minutos. Retire,
bata bem e deixe esfriar. Enrole os docinhos, passe no
açúcar e espete os cravos.

sábado, 13 de junho de 2009

Português na ponta da língua

Para vocês mais um vídeo. Desta vez sobre o português e o Museu de Língua Portuguesa . Prestem atenção e vão ver como é fácil entender.
tirado de Catho on line

SAMBA DE RODA-O INÍCIO DO SAMBA BRASILEIRO

Samba de roda é uma variante musical mais primitiva do samba, originário do estado brasileiro da Bahia, provavelmente no século XIX.
O samba de roda é um estilo musical tradicional afro-brasileiro, associado a uma dança que por sua vez está associada à capoeira. É tocado por um conjunto de pandeiro, atabaque, berimbau, viola e chocalho, acompanhado principalmente por canto e palmas.
Patrimônio Imaterial
O Samba de Roda no Recôncavo Baiano, é uma mistura de música, dança, poesia e festa. Presente em todo o estado da Bahia, o samba é praticado, principalmente, na região do Recôncavo. Mas o ritmo se espalhou por várias partes do país, sobretudo Pernambuco e Rio de Janeiro. O Rio de Janeiro, já na sua condição de Distrito Federal, se tornou conhecido como a capital mundial do samba brasileiro, porque foi nesta cidade onde o samba se evoluiu, adquiriu sua diversidade artística e estabeleceu, na zona urbana, como um movimento de inegável valor social, como um meio dos negros enfrentarem a perseguição policial e a rejeição social, que via nas manifestações culturais negras uma suposta violação dos valores morais, atribuindo a elas desde a simples algazarra até a supostos rituais demoníacos, imagem distorcida que os racistas atribuíram ao candomblé, que na verdade era a expressão religiosa dos povos negros, de inegável importância para seu povo.
Origens
O samba teria surgido por inspiração sobretudo de um ritmo africano, o semba, e teria sido formado a partir de referências dos mais diversos ritmos tribais africanos. Note-se que a diversidade cultural, mesmo dentro da raça negra no Brasil, era bastante notável, porque os senhores de escravos escolhiam aleatoriamente seus indivíduos, e isso tanto fez separarem tipos africanos afins, pertencentes a uma mesma tribo, quanto fez juntarem tipos africanos diferentes, alguns ligados a tribos que eram hostis em seu continente original. Isso transformou seriamente o ambiente social dos negros, não bastasse o novo lugar onde passariam a viver, e isso influenciou decisivamente na originalidade da formação do samba brasileiro, com a criação de formas musicais dentro de um diferente e diverso contexto social. O Samba de Roda também é muito semelhante com o jongo
Estilos derivados
Com a modernização e urbanização do samba, vieram então vários nomes. Em 1916, veio o primeiro samba gravado em disco, Pelo Telefone, pelo cantor e compositor Donga, e, ao longo do tempo, vieram outros cantores e autores de sambas: Ataulfo Alves, Pixinguinha, Noel Rosa, Cartola, Nelson Cavaquinho, entre tantos outros.
Dos ritmos derivativos do samba, o mais controverso foi o da Bossa Nova, na década de 1950. Lançada por artistas como Antônio Carlos Jobim e João Gilberto (este, baiano de Juazeiro, o inventor do ritmo tocado no violão), a Bossa Nova é acusada pelo historiador da música brasileira, José Ramos Tinhorão, de ter se distanciado da evolução natural do samba e se limitar apenas a aproveitar parte de seu ritmo para juntá-lo à influência do jazz e dos standards (a música popular cinematográfica de Hollywood, cujo maior ídolo foi Frank Sinatra). Os defensores da Bossa Nova, no entanto, embora reconheçam que o ritmo pouco tenha a ver com a realidade das favelas cariocas (por sinal, removidas dos principais bairros da Zona Sul pelos governos estaduais nos anos 50 e 60), no entanto afirmam que a BN contribuiu inegavelmente para o enriquecimento da música brasileira e para o reconhecimento do samba no exterior.
Contemporaneidade
A manifestação cultural, na sua forma contemporânea, está presente em obras de compositores baianos como Dorival Caymmi, João Gilberto e Caetano Veloso. Nos anos 1980, o Samba foi representado por nomes como Zeca Pagodinho e Dudu Nobre. A partir do final dos anos 1990 o Pagode também começou a sofrer a decadência e como a história do samba tem demonstrado que, sempre que um gênero começa a perder popularidade, novas formas de se produzi-lo aparecem e mantêm o Samba a principal forma de harmonia musical brasileira, mesmo que sempre se modificando por novas influências. Assim, recentemente este tem se apresentado pela forma do Samba-reggae, o mais novo gênero, que traz todas as influências do passado e ao mesmo tempo inova com a evolução da Guitarra como elemento de corda substitutivo do cavaquinho.
Histórico
O samba teve início por volta de 1860, como manifestação da cultura dos africanos que vieram para o Brasil. De acordo com pesquisas históricas, o Samba de Roda foi uma das bases de formação do samba carioca.
A manifestação está dividida em dois grupos característicos: o samba chula e samba corrido. No primeiro, os participantes não sambam enquanto os cantores gritam a chula – uma forma de poesia. A dança só tem início após a declamação, quando uma pessoa por vez samba no meio da roda ao som dos instrumentos e de palmas. Já no samba corrido, todos sambam enquanto dois solistas e o coral se alternam no canto.
O samba de roda está ligado ao culto aos orixás e caboclos, à capoeira e à comida de azeite. A cultura portuguesa está também presente na manifestação cultural por meio da viola, do pandeiro e da língua utilizada nas canções.
[1] foi considerado pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) como patrimônio imaterial. O ritmo e dança teve sua candidatura ao Livro do Tombo (que registra os patrimônios protegidos pelo IPHAN) lançada em 4 de outubro de 2004, e, depois de ampla pesquisa a respeito de sua história, o samba-de-roda foi finalmente registrado como patrimônio imaterial em 25 de novembro de 2005, status que traz muitos benefícios para a cultura popular e, sobretudo, para a cultura do Recôncavo Baiano, berço do samba-de-roda.
Gravações de samba de roda estão à disponibilidade nas vozes de Dona Edith do Prato, natural de Santo Amaro da Purificação, ama de leite dos irmãos Velloso, e amiga de Dona Canô. Dona Edith toca música batendo garfo num prato, do que provém o apelido, e hoje, mesmo sendo uma mulher muito idosa, sua música ainda é respeitada. O CD Vozes da Purificação contém sambas de roda, na maioria de domínio público, cantados por Dona Edith e o coral Vozes da Purificação.
Outra cantora está fazendo grande sucesso baseada no samba de roda e na cultura popular do Recôncavo: é Mariene de Castro, com o CD Abre Caminhos, no que interpreta músicas de Roque Ferreira e outros compositores, com arranjos onde é possível apreciar o profundo conhecimento da cantora. Mariene já cantou com Daniela Mercury, Beth Carvalho e outros.


Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Samba_de_roda"

quarta-feira, 3 de junho de 2009

A Tonga da Mironga do Kabuletê

Este é um trabalho de pesquisa de uma aluna do Reitorado da UTN- Marcela.
Tomo a liberdade de publicá-lo porque sei que fez com muito carinho para todos vocês, curiosos da música brasileira.
Junto adicionei um vídeo da música cantada pelo Toquinho.
O único que fiz foi editar um pouco o trabalho de Marcela tirando a parte em espanhol, já que esse é um blog em português. ksksksk
Mesmo assim quero mandar um beijão para ela pela participação no blog
E para vocês espero que curtam a música e a história da mesma.



de Vinicius de Moraes e Toquinho

Eu caio de bossa
Eu sou quem eu sou
Eu saio da fossa
Xingando em nagô
Você que ouve e nao fala
Você que olha e nao vê
Eu vou lhe dar uma pala
Você vai ter que aprender
A tonga da mironga do kabuletê
A tonga da mironga do kabuletê
A tonga da mironga do kabuletê

Eu caio de bossa
Eu sou quem eu sou
Eu saio da fossa
Xingando em nagô
Você que lê e nao sabe
Você que reza e nao crê
Você que entra e nao cabe
Você vai ter que viver
Na tonga da mironga do kabuletê
Na tonga da mironga do kabuletê
Na tonga da mironga do kabuletê

Você que fuma e nao traga
E que nao paga pra ver
Vou lhe rogar uma praga
Eu vou é mandar você
Pra tonga da mironga do kabuletê
Pra tonga da mironga do kabuletê
Pra tonga da mironga do kabuletê


Por incrível que pareça, não foi o Rui Reininho que escreveu este poema. foi mesmo Vinicius de Moraes, e que posteriormente foi musicada por Toquinho.
Existe uma estória muito engraçada relacionada com este poema.
Nos anos 60, houve um professor universitário português (suspeito que tenha sido Oscar Lopes) que quis ir ao Brasil conhecer pessoalmente Vinicius de Moraes, porque considerava este como o melhor sonetista de língua portuguesa do Séc. XX.
O professor chegou à República Livre de Ipanema, e achou que iria encontrar um distinto senhor, do tipo embaixador-poeta. Quando chegou a casa de Vinicius, encontrou-o deitado na banheira com uma brutal ressaca, uma coisa do género poeta-boémio. Todas as respostas que Vinicius fazia ás perguntas do português: "a tonga da mironga do kabulete"*
*"a tonga da mironga do kabulete" não quer dizer rigorosamente nada, mas ao mesmo tempo pode querer dizer tudo, ou então qualquer coisa. É dificil explicar qual seria o correspondente usado em Portugal. Seria qualquer coisa como: "Vai-te foder!", que utilizamos por tudo e por nada...
Publicado por Rui em novembro 1, 2003 05:54 PM




1970.
Vinícius e Toquinho voltam da Itália onde haviam acabado de inaugurar a parceria com o disco “A Arca de Noé”, fruto de um velho livro que o poetinha fizera para seu filho Pedro, quando este ainda era menino.
Encontram o Brasil em pleno “milagre econômico”. A censura em alta, a Bossa em baixa. Opositores ao regime pagando com a liberdade e a vida o preço de seus ideais. O poeta é visto como comunista pela cegueira militar e ultrapassado pela intelectualidade militante, que pejorativa e injustamente classifica sua música de easy music.
No teatro Castro Alves, em Salvador, é apresentada ao Brasil a nova parceria.
Vinícius está casado com a atriz baiana Gesse Gessy, uma das maiores paixões de sua vida, que o aproximaria do candomblé, apresentando-o à Mãe Menininha do Gantois. Sentindo a angústia do companheiro, Gesse o diverte, ensinando-lhe xingamentos em Nagô, entre eles “tonga da mironga do cabuletê”, que significa “o pêlo do c... da mãe”.
O mote anal e seu sentimento em relação aos homens de verde oliva inspiram o poeta. Com Toquinho, Vinícius compõe a canção para apresentá-la no Teatro Castro Alves.
Era a oportunidade de xingar os militares sem que eles compreendessem a ofensa.
E o poeta ainda se divertia com tudo isso: “Te garanto que na Escola Superior de Guerra não tem um milico que saiba falar nagô”.

Fonte: Vinicius de Moraes: o Poeta da Paixão; uma Biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.

http://portrasdaletra.blogspot.com/2007/04/tonga-da-mironga-do-cabulet.html


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http://www.sualingua.com.br/01/01_tonga.htm

Minha prezada Sara: na verdade, não significa nada. Ao menos era isso o que Vinícius informava a quem vinha lhe perguntar. Era a época da ditadura, no entanto, e muitos preferiram acreditar que o poeta tinha escondido, atrás dessas palavras africanas, uma ofensa ao governo militar. Corre até hoje uma versão pela internet (Meu Deus! O que não corre nesta vasta rede!) que a tradução seria algo como "o pêlo do c* da mãe", dito em nagô!

É claro que, no contexto, a "tonga da mironga do cabuletê" não é coisa boa, não. A letra termina com os versos "Vou lhe rogar uma praga / Eu vou é mandar você/ Pra tonga da mironga do cabuletê" - mas tu hás de convir que qualquer expressão colocada ali, naquele lugar, teria uma inegável conotação pejorativa. Lembro até que, nos tempos de ginásio, costumávamos usar a expressão "vai pra planfa que te lamblanfa", nas situações em que era impossível empregar o genuíno "P.Q.P" - e tenho certeza de que os leitores devem conhecer várias outras expressões como essa, que não significam nada, especificamente, mas dizem tudo. A "tonga da mironga" deve ser algo similar.

Assim mesmo, fui conferir no indispensável Novo Dicionário Banto do Brasil, de Nei Lopes, a melhor obra que temos sobre africanismos em nosso idioma. Lá encontrei: (1) tonga (do Quicongo), "força, poder"; (2) mironga (do Quimbundo), "mistério, segredo" (Houaiss acrescenta: "feitiço"); (3) cabuletê (de origem incerta), "indivíduo desprezível, vagabundo" (não registra, mas já vi várias vezes este termo ser empregado para designar um tamborzinho que vai preso em um cabo, usado na percussão brasileira). Como vês, são vocábulos que existem, mas provenientes de línguas diferentes, com significados que não têm relação com a idéia da música (muito menos com a fantasiosa versão de "palavrões em nagô"). Vinícius, com o ouvido que só os poetas têm, simplesmente escolheu-os por sua sonoridade e combinou-os numa expressão sem valor semântico, mas de alto poder sugestivo. Abraço. Prof. Moreno